EDU GEO 360 GRAUS: 32 Países membros da Otan em 2024: quem são e o que fazem

A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) é uma aliança militar formada por 31 países, que tem como objetivo garantir a segurança coletiva e a cooperação entre seus membros. A Otan foi criada em 1949, no contexto da Guerra Fria, como uma resposta à ameaça da União Soviética e seus aliados. Desde então, a Otan passou por diversas transformações e ampliações, adaptando-se aos novos desafios e cenários internacionais. Neste artigo, vamos conhecer os países que fazem parte da Otan em 2024, as suas principais características e os seus papéis na organização.

Os fundadores da Otan

Os primeiros países a assinar o Tratado do Atlântico Norte, em 4 de abril de 1949, foram 12: Bélgica, Canadá, Dinamarca, Estados Unidos, França, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Países Baixos, Portugal e Reino Unido. Esses países formaram o núcleo original da Otan, comprometendo-se a defender uns aos outros em caso de ataque de um país externo. Eles também estabeleceram os princípios e valores que orientam a aliança, como a democracia, a liberdade, os direitos humanos e o Estado de direito.

Os novos membros da Otan

Ao longo dos anos, a Otan foi se expandindo e incorporando novos membros, principalmente após o fim da Guerra Fria e da União Soviética. Atualmente, a Otan conta com 31 países-membros, sendo que o mais recente foi a Finlândia, que aderiu à organização em abril de 2023, após um referendo popular. Os outros países que entraram na Otan depois de 1949 foram:

- Grécia e Turquia (1952)

- Alemanha Ocidental (1955)

- Espanha (1982)

- Polônia, Hungria e República Tcheca (1999)

- Bulgária, Estônia, Letônia, Lituânia, Romênia, Eslováquia e Eslovênia (2004)

- Albânia e Croácia (2009)

- Montenegro (2017)

- Macedônia do Norte (2020)

- Finlândia (2023)

Esses países se juntaram à Otan por diferentes motivos, como a busca por segurança, integração, estabilidade, reformas e modernização. Eles também contribuem para a diversidade e a capacidade da aliança, trazendo suas experiências, recursos e perspectivas.

Suécia e Finlândia novos membros

A entrada da Suécia e Finlândia na Otan em 2024 foi um acontecimento histórico que mudou o cenário geopolítico e de segurança na Europa. Os dois países nórdicos, que mantinham uma política de não alinhamento militar há mais de 75 anos, decidiram se juntar à aliança após a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, que gerou preocupação sobre a estabilidade da região.

A adesão dos dois países à Otan teve o apoio de quase todos os membros da aliança, que viram na medida uma forma de fortalecer a defesa coletiva e de conter as ambições expansionistas de Moscou. A Otan passou a ter 32 membros e a controlar toda a costa do Mar Báltico, exceto a da Rússia e de Kaliningrado. Isso facilitou o monitoramento da movimentação naval russa e a proteção dos países bálticos, que são considerados vulneráveis a um possível ataque.

A reação da Rússia à entrada da Suécia e Finlândia na Otan foi de descontentamento e de ameaça. O presidente Vladimir Putin disse que a medida era um revés para a segurança europeia e que a Rússia responderia com medidas adequadas. Alguns analistas temeram que a Rússia intensificasse sua intervenção na Ucrânia ou buscasse outras formas de desestabilizar a região. Outros, porém, acreditaram que a expansão da Otan poderia incentivar um diálogo diplomático entre as partes e reduzir as tensões. ¹²³⁴⁵⁶

Os países parceiros da Otan

Além dos países-membros, a Otan também mantém relações de parceria com outros países, que não fazem parte da organização, mas que compartilham de alguns interesses e objetivos comuns. Esses países podem participar de atividades, missões, exercícios e diálogos com a Otan, de acordo com os seus níveis de envolvimento e cooperação. Em 2024, a Otan tem cerca de 40 países parceiros, divididos em quatro grupos principais:

- Parceria para a Paz (PfP): é um programa que visa promover a confiança, a transparência e a cooperação entre a Otan e os países da Europa e da Ásia Central. Fazem parte da PfP países como Armênia, Azerbaijão, Bielorrússia, Bósnia e Herzegovina, Cazaquistão, Geórgia, Moldávia, Rússia, Sérvia, Suécia, Suíça e Ucrânia.

- Diálogo Mediterrâneo (MD): é uma iniciativa que visa fortalecer a segurança e a estabilidade na região do Mediterrâneo, através do diálogo e da cooperação entre a Otan e os países do norte da África e do Oriente Médio. Fazem parte do MD países como Argélia, Egito, Israel, Jordânia, Marrocos, Mauritânia e Tunísia.

- Iniciativa de Cooperação de Istambul (ICI): é um programa que visa ampliar a cooperação entre a Otan e os países do Golfo Pérsico, em áreas como a luta contra o terrorismo, a defesa antimísseis, a segurança energética e a proteção civil. Fazem parte da ICI países como Bahrein, Catar, Kuwait e Emirados Árabes Unidos.

- Parceiros Globais: são países que não se enquadram nos outros grupos, mas que têm relações bilaterais com a Otan, baseadas em interesses e desafios globais. Fazem parte dos Parceiros Globais países como Afeganistão, Austrália, Colômbia, Iraque, Japão, Mongólia, Nova Zelândia, Paquistão e Coreia do Sul.

Os desafios e as oportunidades da Otan

A Otan enfrenta, em 2024, diversos desafios e oportunidades, que exigem adaptação, inovação e coordenação entre os seus membros e parceiros. Alguns dos principais temas que estão na agenda da aliança são:

- A relação com a Rússia, que se tornou mais tensa e complexa após a anexação da Crimeia em 2014 e a guerra na Ucrânia em 2022. A Otan busca manter o diálogo e a dissuasão com a Rússia, ao mesmo tempo em que reforça a sua presença e a sua defesa coletiva na região do leste europeu.

- A relação com a China, que se tornou uma potência global e um rival estratégico dos Estados Unidos e da Otan. A Otan busca equilibrar a competição e a cooperação com a China, em áreas como o comércio, a tecnologia, o clima e a segurança. A Otan também busca ampliar a sua parceria com os países da região do Indo-Pacífico, como a Austrália, o Japão e a Coreia do Sul.

- A relação com a União Europeia, que se tornou mais próxima e complementar após a saída do Reino Unido da UE em 2020. A Otan e a UE buscam aprofundar a sua cooperação em áreas como a segurança cibernética, a defesa antimísseis, a segurança energética, a gestão de crises e o combate ao terrorismo.

- A relação com os países do sul, que se tornou mais relevante e desafiadora após as turbulências e as transições políticas na região do norte da África e do Oriente Médio. A Otan busca apoiar os seus parceiros do sul na construção da sua capacidade de defesa, na promoção da estabilidade e da democracia, e na prevenção e resolução de conflitos.

- A relação com os novos domínios, que se tornaram mais importantes e dinâmicos com o avanço da tecnologia e da inovação. A Otan busca desenvolver e integrar as suas capacidades e operações nos domínios do espaço, do ciberespaço e do marítimo, além de acompanhar e regular o uso de novas tecnologias, como a inteligência artificial, a biotecnologia e as armas hipersônicas.

Conclusão

A Otan é uma organização que tem uma longa história e uma grande relevância no cenário internacional. Em 2024, a Otan conta com 32 países-membros e cerca de 40 países parceiros, que representam uma diversidade de culturas, interesses e capacidades. A Otan enfrenta diversos desafios e oportunidades, que exigem adaptação, inovação e coordenação entre os seus membros e parceiros. A Otan busca garantir a segurança coletiva e a cooperação entre os seus aliados, além de contribuir para a paz e a estabilidade no mundo.