Um líder militante e político do grupo terrorista palestino
Saleh al-Arouri foi um dos principais líderes do Hamas, o grupo terrorista que controla a Faixa de Gaza e que está em guerra com Israel. Ele foi o fundador e comandante da ala militar do Hamas, as Brigadas Izz ad-Din al-Qassam, responsáveis por vários ataques contra civis e militares israelenses. Ele também era o vice-presidente do bureau político do Hamas, e o chefe das operações na Cisjordânia, onde ele planejou e financiou atentados, incluindo o sequestro e assassinato de três jovens israelenses em 2014.
Al-Arouri nasceu em 1966 na aldeia de 'Arura, na Cisjordânia. Ele se envolveu com o Hamas desde a sua época de estudante na Universidade de Hebron, onde ele liderou a facção islâmica no campus. Ele foi preso várias vezes por Israel por suas atividades terroristas, e passou um total de 15 anos na prisão. Em 2010, ele foi libertado e expulso para a Síria, onde ele continuou a coordenar as ações do Hamas na Cisjordânia.
Depois do início da guerra civil na Síria, al-Arouri se mudou para o Líbano, onde ele estabeleceu e fortaleceu os laços do Hamas com o Hezbollah, a milícia xiita apoiada pelo Irã, e com as autoridades iranianas. Ele também conduziu atividades políticas, incluindo contatos com a inteligência egípcia, e participou de reuniões e conferências internacionais em nome do Hamas. Ele era considerado o número dois do Hamas, e o homem do Irã dentro do grupo.
Al-Arouri era procurado pelos Estados Unidos, que o designaram como terrorista em 2015, e ofereceram uma recompensa de 5 milhões de dólares por sua captura. Ele também era alvo de Israel, que o acusou de ser o mentor do ataque de 7 de outubro de 2023, que matou 13 soldados israelenses e feriu dezenas de civis na fronteira com o Líbano.
Ele foi assassinado em 2 de janeiro de 2024, durante a guerra entre Israel e o Hamas, por um ataque aéreo israelense em Dahieh, um subúrbio de Beirute que serve como reduto do Hezbollah. Ele foi o primeiro líder do Hamas a ser morto no exterior desde o início do conflito. Sua morte foi confirmada pelo Hamas, que o elogiou como um "herói da resistência" e prometeu vingança.
Saleh al-Arouri foi um dos mais influentes e perigosos membros do Hamas, que desempenhou um papel-chave na escalada da violência na região. Sua morte representa um duro golpe para o grupo terrorista, que perdeu um de seus principais líderes militares e políticos. No entanto, é improvável que isso leve a uma mudança na estratégia ou na ideologia do Hamas, que continua a buscar a destruição de Israel e a rejeitar qualquer solução pacífica para o conflito.
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