sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Poema: Velocidade Fatal. Pina e Pinato

 



Nas curvas da vida, um lampejo audaz,  

Apressa-se o tempo, o destino voraz,  

O pé no acelerador, o vento a cortar,  

Mas a estrada da vida não volta ao lugar.


O brilho nos olhos, a adrenalina,  

Em segundos, transforma a vida em ruína,  

O asfalto é palco de sonhos quebrados,  

Onde vidas se vão, destinos parados.


Na pressa, se perde o que é essencial,  

A vida, tão frágil, se torna um sinal,  

De que a velocidade não é o que importa,  

Pois a morte, ao fim, é quem bate à porta.


O som da sirene, o choro, a saudade,  

O preço amargo da insensatez,  

Quebrando promessas, silenciando a verdade,  

Na estrada da vida, não há mais vez.


E assim se vai, sem chance, sem volta,  

A velocidade rouba, a vida se solta,  

Que fiquem os versos, lição a lembrar,  

Que o tempo na estrada é pra se cuidar.


Eduardo Fernando 




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