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quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

A Argentina enfrenta uma crise econômica e financeira sem precedentes

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O país deve mais de US$ 44 bilhões ao FMI e tem dificuldades para honrar seus compromissos externos

A Argentina está passando por uma das piores crises econômicas e financeiras da sua história. O país, que já teve sete governos em menos de dois anos, enfrenta uma inflação galopante, uma recessão profunda, uma escassez de dólares e uma dívida pública insustentável.

Segundo o Ministério da Economia, a dívida argentina com organismos multilaterais e bilaterais representa 17% do PIB. Mas em 2022, a Argentina deve pagar ao FMI 19 bilhões de dólares, em 2023 outros 20 bilhões de dólares e em 2024, mais 4 bilhões de dólares. Esses vencimentos são muito maiores do que os recursos disponíveis no país, que tem reservas cambiais de cerca de US$ 40 bilhões.

Para tentar resolver essa situação crítica, o governo argentino anunciou um acordo com o FMI para renegociar a dívida deixada pelo país com o órgão no ano passado. O acordo prevê a revisão das metas de déficit e acumulação de reservas, a obtenção de isenções do conselho do FMI para objetivos não alcançados no final de 2023 e o desbloqueio pelo menos de um desembolso pendente de US$ 3,3 bilhões para reforçar o Banco Central.

No entanto, esse acordo ainda não foi formalizado nem ratificado pelo Congresso argentino, onde o governo enfrenta resistência dos partidos políticos tradicionais. Além disso, o presidente Javier Milei assumiu o cargo há um mês e tem enfrentado dificuldades para conter a inflação — que se aproximou de 200% no ano de 2023 — evitar a agitação social reconstruir as reservas do país e resgatar seu programa econômico eleitoral.

Milei é um líder libertário que defende uma agenda liberal na economia. Ele propõe privatizar entidades estatais aumentar os impostos reduzir os gastos públicos eliminar os controles cambiais e desregulamentar todos os setores da economia. Ele também é contra qualquer tipo de intervenção do Estado na sociedade.

No entanto, suas propostas têm gerado críticas tanto dos setores conservadores quanto dos progressistas. Os conservadores acusam Milei de ser irresponsável demagogo populista que promete soluções fáceis para problemas complexos. Os progressistas criticam Milei por ser elitista autoritário que quer impor sua visão única sobre todos os argentinos.

A realidade está batendo na cara dele: suas intenções são boas mas isso não é suficiente. A Argentina precisa fazer reformas estruturais profundas para recuperar sua credibilidade no mercado internacional sua estabilidade macroeconômica sua competitividade produtiva sua inclusão social e seu desenvolvimento sustentável.

Referências

(1) Vencimentos da dívida em 2022 pressionam Argentina e FMI por um acordo. https://istoedinheiro.com.br/vencimentos-da-divida-em-2022-pressionam-argentina-e-fmi-por-um-acordo/.

(2) Vencimentos da dívida em 2022 pressionam Argentina e FMI por um acordo. https://economia.uol.com.br/noticias/afp/2022/01/27/vencimentos-da-divida-em-2022-pressionam-argentina-e-fmi-por-um-acordo.htm.

(3) Argentina anuncia acordo com FMI para renegociar dívidas de 2023 ... - G1. https://g1.globo.com/mundo/noticia/2024/01/10/governo-milei-acordo-fmi.ghtml.

(4) Títulos em queda e peso desvalorizado na Argentina dão dose de .... https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/titulos-em-queda-e-peso-desvalorizado-na-argentina-dao-dose-de-realidade-a-milei/.

(5) Vencimentos da dívida em 2022 pressionam Argentina e FMI por um acordo. https://istoedinheiro.com.br/vencimentos-da-divida-em-2022-pressionam-argentina-e-fmi-por-um-acordo/.

(6) Argentina ratifica novo acordo de US$ 45 bilhões com FMI. https://g1.globo.com/economia/noticia/2022/03/18/argentina-ratifica-novo-acordo-de-us-45-bilhoes-com-fmi.ghtml.