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segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Conflito no Oriente Médio: Judaísmo e Islamismo



Conflito no Oriente Médio: Judaísmo e Islamismo


O Oriente Médio é uma região marcada por uma complexa teia de conflitos, muitos dos quais têm raízes profundas em questões religiosas, políticas e territoriais. Entre os mais notórios está o conflito entre o Judaísmo e o Islamismo, que envolve principalmente a disputa entre Israel e os países árabes vizinhos.


Origens Históricas





O conflito entre judeus e muçulmanos no Oriente Médio remonta a séculos atrás, mas ganhou uma nova dimensão no final do século XIX com o surgimento do sionismo. Este movimento, liderado por Theodor Herzl, defendia o retorno dos judeus à Palestina, considerada sua terra ancestral². A imigração judaica para a região aumentou significativamente, especialmente após a Primeira Guerra Mundial, quando a Palestina estava sob o Mandato Britânico.


Criação do Estado de Israel


Em 1947, a ONU propôs a divisão da Palestina em dois estados, um judeu e outro árabe. Os judeus aceitaram o plano, mas os árabes o rejeitaram. Em 1948, foi criado o Estado de Israel, o que desencadeou a primeira guerra árabe-israelense. Desde então, a região tem sido palco de inúmeros conflitos, incluindo a Guerra dos Seis Dias em 1967 e a Guerra do Yom Kippur em 1973.


Questões Religiosas


Jerusalém, uma cidade sagrada para judeus, muçulmanos e cristãos, é um dos principais pontos de discórdia. Para os judeus, é o local do antigo Templo de Salomão. Para os muçulmanos, é onde se encontra a Mesquita de Al-Aqsa, o terceiro lugar mais sagrado do Islã. A disputa pelo controle de Jerusalém tem sido uma constante fonte de tensão.


Conflitos Recentes


Nos últimos anos, o conflito se intensificou com a ascensão de grupos como o Hamas e o Hezbollah, que têm apoio de países como o Irã e a Síria. Esses grupos rejeitam a existência de Israel e frequentemente entram em confronto com as forças israelenses. A situação é agravada pela construção de assentamentos israelenses em territórios palestinos, o que é visto como uma ocupação ilegal pela comunidade internacional.


Perspectivas para o Futuro


A paz no Oriente Médio parece distante, mas não impossível. Iniciativas de diálogo e acordos de paz, como os Acordos de Oslo na década de 1990, mostraram que é possível avançar. No entanto, a desconfiança mútua e os interesses divergentes continuam a ser grandes obstáculos.



Conclusão


O conflito entre Judaísmo e Islamismo no Oriente Médio é um dos mais complexos e duradouros da história moderna. Com raízes profundas em questões religiosas e territoriais, ele continua a moldar a geopolítica da região e a vida de milhões de pessoas. A busca por uma solução pacífica requer não apenas negociações políticas, mas também um esforço genuíno de compreensão e respeito mútuo.


Questões sobre a diferença entre xiitas e sunitas no Oriente Médio



1. Quando se originou a divisão entre xiitas e sunitas?


A) Após a morte de Ali


B) Após a morte do profeta Maomé


C) Após a batalha de Karbala


D) Após a fundação do Califado Omíada


E) Após a ascensão do Império Otomano




2. Quem os sunitas acreditavam ser o sucessor legítimo de Maomé?


A) Ali


B) Hussein


C) Abu Bakr


D) Omar


E) Uthman




3. Qual é a principal diferença entre xiitas e sunitas em relação à liderança da comunidade islâmica?


A) Os xiitas acreditam na eleição por mérito


B) Os sunitas defendem uma liderança hereditária


C) Os xiitas acreditam que a liderança deve ser hereditária, descendente de Ali


D) Os sunitas acreditam que a liderança deveria vir dos descendentes de Hussein


E) Ambos defendem a escolha por eleição




4. Qual evento é especialmente comemorado pelos xiitas como parte de sua tradição religiosa?


A) O nascimento de Maomé


B) A ascensão de Abu Bakr


C) O martírio de Hussein na batalha de Karbala


D) A queda de Bagdá


E) A conversão de Ali ao Islã




5. Qual dos países abaixo é uma potência predominantemente xiita no Oriente Médio?


A) Arábia Saudita


B) Egito


C) Turquia


D) Irã


E) Jordânia




6. Quais das alternativas a seguir NÃO é uma característica da liderança religiosa xiita?


A) Presença de uma hierarquia clerical definida


B) Importância dos aiatolás


C) A liderança é descentralizada


D) Seguimento dos descendentes de Ali


E) Reverência aos Imãs




7. A batalha de Karbala, um evento significativo para os xiitas, envolveu:


A) A ascensão de Maomé ao profetismo


B) A morte de Hussein, neto de Maomé


C) A derrota dos otomanos pelos xiitas


D) A morte de Abu Bakr


E) A conversão de Ali




8. Os sunitas seguem a "Sunna". O que é a "Sunna"?


A) Um livro sagrado adicional ao Alcorão


B) A tradição e os ensinamentos do profeta Maomé


C) O nome de uma das escolas de jurisprudência


D) O nome da batalha entre sunitas e xiitas


E) Uma celebração anual em Meca




9. Em que aspecto os conflitos regionais no Oriente Médio são muitas vezes exacerbados pela divisão entre xiitas e sunitas?


A) Econômico


B) Militar


C) Comercial


D) Sectário


E) Cultural




10. Qual das seguintes regiões está associada a tensões sectárias entre xiitas e sunitas?


A) Brasil


B) Síria


C) Índia


D) Japão


E) Austrália





Gabarito:


1. B



2. C



3. C



4. C



5. D



6. C



7. B



8. B



9. D



10. B







 

A diferença entre xiitas e sunitas no Oriente Médio

A diferença entre xiitas e sunitas no Oriente Médio


A diferença entre xiitas e sunitas no Oriente Médio é uma das divisões mais significativas dentro do Islã, com raízes históricas e implicações políticas e sociais profundas.


Origem da Divisão


A divisão entre xiitas e sunitas começou após a morte do profeta Maomé em 632 d.C. A principal questão era sobre quem deveria ser o sucessor de Maomé como líder da comunidade muçulmana:


- Sunitas: Acreditam que o líder deveria ser escolhido entre os seguidores mais capazes e piedosos, independentemente de laços familiares. Eles apoiaram Abu Bakr, um dos companheiros próximos de Maomé, como o primeiro califa.


- Xiitas: Defendem que apenas os descendentes diretos de Maomé, especificamente através de seu primo e genro Ali, deveriam liderar a comunidade. Eles acreditam que Ali e seus descendentes são os legítimos sucessores.


Diferenças Doutrinárias e Práticas


Embora compartilhem muitas crenças fundamentais do Islã, xiitas e sunitas têm diferenças em doutrinas, rituais e práticas:


- Doutrina: Os sunitas seguem a "Sunna" (tradição) do profeta Maomé e têm quatro escolas principais de jurisprudência. Os xiitas têm sua própria interpretação das escrituras islâmicas e seguem uma hierarquia clerical mais estruturada.


- Rituais: Algumas práticas religiosas diferem, como a forma de realizar orações e celebrações de eventos históricos importantes. Por exemplo, os xiitas comemoram o martírio de Hussein, neto de Maomé, na batalha de Karbala, com grande ênfase.


- Liderança Religiosa: Os sunitas geralmente têm uma estrutura mais descentralizada, enquanto os xiitas têm uma hierarquia clerical mais definida, com figuras como os aiatolás desempenhando papéis importantes.


Implicações Políticas


A divisão também tem profundas implicações políticas e sociais:


- Irã e Arábia Saudita: O Irã é a principal potência xiita, enquanto a Arábia Saudita é a principal potência sunita. A rivalidade entre esses países muitas vezes exacerba conflitos regionais, como na Síria e no Iêmen.


Conflitos Regionais: Muitos conflitos no Oriente Médio têm uma dimensão sectária, onde as tensões entre xiitas e sunitas são exploradas por diferentes grupos e nações para ganhos políticos.






domingo, 3 de março de 2024

Relevo predominante na Jordânia, Cisjordânia e Israel

O relevo de uma região é o conjunto de formas que compõem a superfície terrestre, resultante da ação de agentes internos e externos ao longo do tempo geológico. O relevo influencia diversos aspectos da vida humana, como o clima, a vegetação, a hidrografia, a agricultura, a urbanização, entre outros. Neste artigo, vamos conhecer o relevo predominante na Jordânia, na Cisjordânia e em Israel, três países do Oriente Médio que compartilham fronteiras e conflitos históricos.


Jordânia


A Jordânia é um país árabe que ocupa uma área de 89.342 km², limitado a norte pela Síria, a leste pelo Iraque e pela Arábia Saudita, a sul pelo Golfo de Aqaba e a oeste pela Cisjordânia e por Israel. O relevo da Jordânia é caracterizado por uma grande diversidade, com planaltos, depressões, vales, montanhas e desertos.


Planalto da Jordânia


O Planalto da Jordânia é a principal unidade de relevo do país, ocupando cerca de 80% do território. Ele se estende de norte a sul, paralelo ao Vale do Rio Jordão, que forma a fronteira ocidental do país. O planalto tem uma altitude média de 900 metros, mas apresenta variações, com picos que ultrapassam os 1.700 metros, como o Jabal Umm al Dami, o ponto mais alto da Jordânia. O planalto é cortado por vários rios que formam vales profundos, como o Wadi Mujib e o Wadi Zarqa. O clima do planalto é semiárido, com verões quentes e secos e invernos frios e úmidos. A vegetação é composta por estepes e matas esclerófilas, com algumas áreas de florestas de pinheiros e carvalhos. A agricultura é praticada em algumas partes do planalto, principalmente no norte, onde há maior disponibilidade de água. O planalto também abriga a maior parte da população e das cidades da Jordânia, como a capital Amã, Irbid, Zarqa e Madaba.


Depressão do Rio Jordão


A Depressão do Rio Jordão é uma extensa área de baixa altitude que se estende desde o Lago Tiberíades, no norte, até o Golfo de Aqaba, no sul, passando pelo Mar Morto e pelo Wadi Araba. A depressão é formada pela falha geológica do Grande Vale do Rift, que separa as placas tectônicas da Arábia e da África. A depressão tem uma largura média de 15 km e uma profundidade que varia de 200 a 400 metros abaixo do nível do mar, sendo o ponto mais baixo da superfície terrestre o Mar Morto, com 431 metros abaixo do nível do mar. O clima da depressão é árido, com temperaturas elevadas e baixa precipitação. A vegetação é escassa, com algumas espécies adaptadas à salinidade e à aridez, como o tamareira e o acácia. A depressão é pouco habitada, mas tem grande importância estratégica, política e religiosa, pois é a fronteira entre a Jordânia e Israel e a Cisjordânia, além de conter locais sagrados para o judaísmo, o cristianismo e o islamismo, como o Rio Jordão, o Mar Morto e o Monte Nebo.


Deserto da Arábia


O Deserto da Arábia é uma vasta área de relevo árido que ocupa a maior parte da Península Arábica, abrangendo partes da Jordânia, da Arábia Saudita, do Iraque, do Kuwait, do Omã, dos Emirados Árabes Unidos, do Qatar, do Bahrein e do Iêmen. O deserto da Arábia tem uma área de cerca de 2,3 milhões de km², sendo o quinto maior deserto do mundo. O relevo do deserto é formado por planícies arenosas, dunas, montanhas e oásis. A altitude média é de 600 metros, mas há picos que superam os 2.000 metros, como o Jabal al-Lawz, na Arábia Saudita. O clima do deserto é extremo, com temperaturas que podem variar de 50°C durante o dia a 0°C durante a noite, e com precipitação anual inferior a 100 mm. A vegetação é rara, com algumas plantas xerófitas, como o cacto e o aloé. A fauna é composta por animais adaptados à aridez, como o camelo, o dromedário, a raposa-do-deserto, o gato-do-deserto, o escorpião e a cobra. O deserto é pouco povoado, mas tem grande importância econômica, pois contém as maiores reservas de petróleo e gás natural do mundo.


Cisjordânia


A Cisjordânia é um território palestino que ocupa uma área de 5.860 km², limitado a oeste por Israel, a leste pela Jordânia e ao sul pelo Deserto da Judeia. A Cisjordânia é parte integrante da Palestina histórica, mas está sob ocupação israelense desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967. O relevo da Cisjordânia é formado por três regiões principais: a Planície Costeira, a Cordilheira Central e o Vale do Rio Jordão.


Planície Costeira


A Planície Costeira é uma faixa de terra que se estende ao longo do litoral mediterrâneo de Israel e da Faixa de Gaza, abrangendo uma pequena parte da Cisjordânia, no noroeste. A planície tem uma largura média de 40 km e uma altitude que varia de 0 a 200 metros. O clima da planície é mediterrâneo, com verões quentes e secos e invernos amenos e chuvosos. A vegetação é composta por matas esclerófilas, com espécies como o pinheiro, o carvalho, o oliveira e o eucalipto. A planície é a região mais fértil e populosa da Cisjordânia, pois concentra as principais atividades agrícolas, industriais e comerciais, além de importantes cidades, como Tulkarm, Qalqilya e Jenin.


Cordilheira Central


A Cordilheira Central é uma cadeia de montanhas que se estende de norte a sul, paralela à Planície Costeira, ocupando a maior parte da Cisjordânia. A cordilheira tem uma altitude média de 800 metros, mas apresenta picos que superam os 1.000 metros, como o Monte Gerizim, o Monte Ebal e o Monte Scopus. A cordilheira é cortada por vários vales e colinas, formando uma paisagem irregular e diversificada. O clima da cordilheira é continental, com verões quentes e secos e invernos frios e úmidos. A vegetação é composta por estepes e matas esclerófilas, com espécies como o amendoeira, o figueira, o pistache e o zimbro. A cordilheira é a região mais elevada e histórica da Cisjordânia, pois abriga as principais cidades sagradas para o judaísmo, o cristianismo e o islamismo, como Jerusalém, Belém, Hebron e Nablus.


Vale do Rio Jordão



O Vale do Rio Jordão é uma extensa área de baixa altitude que se estende desde o Lago Tiberíades, no norte, até o Golfo de Aqaba.





quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

Departamento americano muda opinião sobre a origem da COVID-19

Covid 19, Uma nova história.


Um relatório do Departamento de Energia dos EUA afirma que o vírus da COVID-19 provavelmente surgiu de um vazamento de laboratório na China, mas essa hipótese é contestada por outras agências e pela OMS

A origem da pandemia de COVID-19, que já matou mais de 5 milhões de pessoas no mundo, continua sendo um mistério e uma fonte de controvérsia. Em fevereiro de 2023, um relatório de inteligência do Departamento de Energia dos EUA afirmou que o vírus da COVID-19 provavelmente surgiu de um vazamento de um laboratório chinês, segundo reportagem do "The Wall Street Journal"¹. Essa conclusão, no entanto, foi rebatida pela China e é considerada de "baixa confiança", além de ter sido questionada por quatro agências e por um painel nacional de inteligência norte-americanos.

O Departamento de Energia dos EUA é uma agência que supervisiona uma rede de laboratórios nacionais, alguns dos quais conduzem pesquisas biológicas avançadas. O relatório se baseou em amostras de sangue de doações feitas entre 13 de dezembro de 2019 e 17 de janeiro de 2020, que mostraram a presença de anticorpos contra o coronavírus em 39 pessoas de três Estados americanos, duas semanas antes do alerta oficial na China. Esses dados sugerem que o vírus já circulava pelos EUA antes do primeiro caso confirmado no país, em 21 de janeiro de 2020.

O relatório do Departamento de Energia concordou com a avaliação do FBI, que já havia concluído em 2021 que a pandemia provavelmente foi resultado de um vazamento de laboratório na China. Essa hipótese foi defendida pelo ex-presidente Donald Trump, que acusou a China de reter informações sobre o surto e de ser responsável pela propagação do vírus. O atual presidente Joe Biden ordenou uma investigação sobre a origem da COVID-19 em maio de 2021, mas os resultados ainda não foram divulgados.

No entanto, outras quatro agências e um painel nacional de inteligência dos EUA ainda julgam que a COVID-19 foi resultado de transmissão natural, ou seja, de um salto do vírus de um animal para um humano. A CIA e outras agências ainda estão indecisas. Além disso, o relatório do Departamento de Energia reafirmou um consenso existente entre as agências de que a COVID-19 não foi resultado de um programa chinês de armas biológicas.

A China, por sua vez, negou que o vírus da COVID-19 poderia ter se originado de um vazamento de laboratório e impôs limites às investigações da Organização Mundial da Saúde (OMS). A entidade enviou especialistas à China em março de 2021 para tentar identificar as origens do vírus e descartou a hipótese de que o coronavírus tenha escapado acidentalmente de um laboratório em Wuhan, onde ocorreu o primeiro grande surto². A OMS afirmou que a hipótese mais provável é que o vírus tenha passado de um morcego para um animal intermediário e depois para um humano³.

A origem da COVID-19 é importante para entender como a pandemia começou, como prevenir futuros surtos e como responsabilizar os possíveis culpados. No entanto, a questão também envolve interesses políticos, econômicos e ideológicos, que dificultam a obtenção de uma resposta definitiva e consensual. Enquanto isso, o vírus continua se espalhando e se mutando, colocando em risco a saúde e a vida de milhões de pessoas.

Referências

(2) Covid-19: o estudo americano que aumenta dúvidas sobre real origem da .... https://www.bbc.com/portuguese/internacional-55149801.
(4) Qual é a origem da Covid-19? Veja o que dizem os estudos ... - Exame. https://exame.com/ciencia/qual-e-a-origem-da-covid-19-veja-o-que-dizem-os-estudos-recentes-ao-redor-do-mundo/.

terça-feira, 2 de janeiro de 2024

Taiwan: de produtora de açúcar até a potência dos microchips

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Como a ilha se transformou em um centro de inovação e disputa tecnológica

Taiwan é uma pequena ilha no leste da Ásia, com cerca de 23 milhões de habitantes. Mas seu tamanho não reflete sua importância no cenário mundial, especialmente no campo da tecnologia. Taiwan é hoje o maior produtor e exportador de microchips do mundo, os componentes essenciais para o funcionamento de computadores, celulares, carros, eletrodomésticos e outros dispositivos eletrônicos.

Mas como Taiwan chegou a essa posição de destaque? A história começa há mais de um século, quando a ilha era uma colônia do Japão e se dedicava principalmente à produção agrícola, especialmente de cana-de-açúcar. Após a Segunda Guerra Mundial, Taiwan passou a ser governada pelo Kuomintang, o partido nacionalista chinês que fugiu da China continental após a vitória dos comunistas. O regime autoritário de Chiang Kai-shek impôs um modelo de desenvolvimento baseado na industrialização e na exportação de produtos manufaturados de baixo custo, como têxteis, brinquedos e bicicletas.

No entanto, a partir dos anos 1970, Taiwan enfrentou a concorrência de outros países asiáticos, como Coreia do Sul, Cingapura e Hong Kong, que ofereciam mão de obra mais barata e incentivos fiscais. Foi então que Taiwan decidiu apostar na inovação tecnológica, com o apoio do governo e da academia. Um grupo de jovens engenheiros, que haviam estudado e trabalhado nos Estados Unidos, retornou à ilha com o conhecimento e a experiência necessários para criar e fabricar microchips. Eles fundaram a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC), em 1987, a primeira empresa do mundo a se especializar na produção de chips sob encomenda para outras empresas de tecnologia, como Apple, Intel, Nvidia e Qualcomm.


EDUARDO FERNANDO SILVA PEREIRA


A TSMC se tornou a líder mundial em seu segmento, graças ao seu alto padrão de qualidade, eficiência e inovação. A empresa é capaz de produzir os chips mais avançados do mercado, com dimensões de apenas 5 nanômetros, o equivalente a um décimo do diâmetro de um fio de cabelo. Esses chips são mais rápidos, potentes e econômicos do que os de gerações anteriores, e permitem o desenvolvimento de novas tecnologias, como a inteligência artificial, a internet das coisas e o 5G.

Mas o sucesso de Taiwan também atraiu a atenção e a cobiça de seu vizinho e rival histórico, a China. O país comunista considera Taiwan como parte de seu território e não descarta o uso da força para anexá-la. Além disso, a China tem ambições de se tornar uma potência tecnológica e militar, e depende dos microchips de Taiwan para equipar seus dispositivos e armamentos. Por isso, a China tem investido bilhões de dólares para desenvolver sua própria indústria de semicondutores, mas ainda está atrasada em relação a Taiwan. A China também tem tentado pressionar e isolar Taiwan diplomaticamente, cortando seus laços com outros países e organizações internacionais.

Nesse contexto, Taiwan conta com o apoio dos Estados Unidos, seu principal aliado e cliente. Os EUA têm fornecido armas e assistência militar a Taiwan, além de defender sua participação em fóruns globais, como a Organização Mundial da Saúde. Os EUA também têm imposto sanções à China, proibindo a exportação de microchips de alta tecnologia para empresas chinesas, como a Huawei, acusada de espionagem e violação de direitos humanos. Essas medidas visam proteger a segurança nacional e a competitividade dos EUA, mas também aumentam a tensão e o risco de um conflito entre as duas potências.

Taiwan, portanto, se encontra em uma situação delicada e desafiadora, entre a ameaça da China e a dependência dos EUA. A ilha tem buscado preservar sua soberania e sua democracia, ao mesmo tempo em que mantém sua liderança e sua relevância no mercado global de microchips. Taiwan é um exemplo de como a tecnologia pode ser um fator de desenvolvimento e de disputa, e de como a geopolítica pode afetar o futuro da humanidade.

Referências

(1) Como grupo de jovens engenheiros tornou Taiwan uma potência em ... - G1. https://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2023/12/31/como-grupo-de-jovens-engenheiros-tornou-taiwan-uma-potencia-em-microchips.ghtml.

(2) TSMC, a campeã mundial de chips que fica na disputada Taiwan. https://www.dw.com/pt-br/tsmc-a-campe%C3%A3-mundial-de-chips-que-fica-na-disputada-taiwan/a-62716578.

(3) ‘Guerra dos Chips’: como Taiwan se tornou centro de disputa ... - G1. https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2023/09/17/guerra-dos-chips-como-taiwan-se-tornou-centro-de-disputa-politica-e-economica-entre-china-e-eua.ghtml.

(4) Dw.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

Os melhores estados do Brasil para passar a virada do ano de 2023

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Descubra as opções mais incríveis para celebrar o ano novo em terras brasileiras

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O Brasil é um país de dimensões continentais, com uma diversidade cultural, natural e gastronômica impressionante. Por isso, não faltam destinos incríveis para passar a virada do ano de 2023, seja na praia, nas áreas com maior altitude, na cidade ou no campo. Neste artigo, vamos apresentar alguns dos melhores estados do Brasil para celebrar o ano novo, com dicas de lugares, atrações e festas que vão tornar a sua viagem inesquecível.


Rio de Janeiro

Os melhores estados do Brasil para passar a virada do ano de 2023


O Rio de Janeiro é um dos estados mais famosos do Brasil, e não é à toa. A cidade maravilhosa oferece uma combinação perfeita de natureza, cultura e diversão, com praias deslumbrantes, monumentos históricos e uma vida noturna agitada. Para a virada do ano, o Rio de Janeiro se transforma em um grande palco de festa, com shows, fogos de artifício e muita animação. A tradicional queima de fogos na praia de Copacabana reúne milhões de pessoas, que vestem branco e pulam sete ondas para atrair sorte e prosperidade. Outras opções de praias para curtir o réveillon são Ipanema, Leblon, Barra da Tijuca e Recreio. Quem prefere um clima mais tranquilo, pode optar por cidades serranas como Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, que têm um charme europeu e um clima mais ameno.


Bahia

Mapa da Bahia


A Bahia é outro estado que faz jus à fama de alegria e festividade do povo brasileiro. Com uma cultura rica e diversa, influenciada pela herança africana, a Bahia encanta os visitantes com sua música, sua gastronomia, sua religiosidade e sua história. Para passar a virada do ano de 2023, a Bahia oferece opções para todos os gostos e bolsos, desde as praias paradisíacas do litoral sul, como Porto Seguro, Arraial d'Ajuda e Trancoso, até as cidades históricas do recôncavo baiano, como Cachoeira, São Félix e Santo Amaro. A capital Salvador é um dos destinos mais procurados, com uma festa de réveillon que dura cinco dias, com shows de grandes artistas nacionais e internacionais, na orla da Boca do Rio. Outra tradição é assistir à missa do ano novo na Basílica do Senhor do Bonfim, e amarrar uma fitinha no pulso, fazendo três pedidos.


Santa Catarina

Mapa de Santa Catarina



Santa Catarina é um estado que surpreende pela variedade de paisagens e atrações. Com um litoral recortado por belas praias, ilhas e baías, Santa Catarina é um destino ideal para quem gosta de sol, mar e natureza. As praias mais badaladas para passar a virada do ano de 2023 são Florianópolis, Balneário Camboriú, Bombinhas e Garopaba, que contam com uma infraestrutura completa de hospedagem, gastronomia e lazer, além de festas de réveillon animadas, com música, fogos e muita gente bonita. Quem prefere um clima mais aconchegante, pode optar pelas cidades do interior, como Blumenau, Pomerode e Joinville, que têm uma forte influência alemã, e oferecem uma gastronomia típica, um artesanato caprichado e um cenário bucólico.


quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

Brunei: desafios e oportunidades

 

Brunei: desafios e oportunidades

Brunei é um pequeno país do Sudeste Asiático, com uma área de 5.765 km² e uma população de 442.000 habitantes . O país é conhecido por sua economia rica, que tem como carro-chefe a exploração de petróleo e gás natural .

Geografia

Brunei é um país localizado na costa norte da ilha de Bornéu, no Sudeste Asiático. Faz fronteira com a Malásia e se divide em duas áreas não contínuas . Dispõe de clima temperado e relevo montanhoso com uma estreita planície costeira. As florestas recobrem boa parte do seu território .

Clima e Vegetação

O clima de Brunei é tropical, com temperaturas e umidade atmosférica elevadas e muita chuva . A vegetação do país é composta por florestas tropicais, savanas e mangues .

Densidade Demográfica

A densidade demográfica de Brunei é de 83,8 hab/km² . Quase 80% dos seus habitantes vivem nas cidades, concentrando-se nos arredores da capital .

Cultura e Língua

A cultura de Brunei é influenciada pela cultura malaia e islâmica . A religião islâmica exerce grande influência na sua cultura, da mesma forma que elementos da cultura malásia . O malaio é a língua oficial do país, mas o inglês também é amplamente falado .

Economia e Moeda

A economia de Brunei é dependente da exploração e comercialização de petróleo e gás natural . O país é um dos maiores produtores de petróleo do mundo e possui uma das maiores reservas de gás natural liquefeito . A moeda oficial do país é o dólar de Brunei.

Etnias

A maioria da população de Brunei é composta por malaios, que representam cerca de 66% da população. Outros grupos étnicos incluem chineses, indígenas e expatriados .

História

Brunei foi habitada por povos indígenas por milhares de anos antes da chegada dos europeus. As ilhas foram descobertas pelos europeus no século XVI, e foram colonizadas pela Grã-Bretanha no século XIX. O país conquistou a independência em 1984, após um longo período de luta contra o domínio colonial .

Mobilidade Urbana

Brunei possui uma rede de transporte público que inclui ônibus, táxis e barcos. No entanto, a infraestrutura de transporte do país é limitada, especialmente nas áreas rurais.

Problemas Sociais

Brunei enfrenta diversos problemas sociais, incluindo a pobreza, a falta de acesso a serviços básicos e a discriminação contra mulheres e minorias étnicas . A falta de acesso a água potável e saneamento básico é um problema grave em muitas áreas rurais do país .